" É no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." Immanuel Kant

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Saúde Mental, por Rubem Alves


“Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado...” Rubem Alves


Sou Educadora!!!

"...O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer... " - Rubem Alves




domingo, 24 de abril de 2011

Filosofia

O trabalho com a Filosofia permite o desenvolvimento da habilidade crítica. Os momentos de discussão sobre a sociedade, a vida, as relações humanas, ou qualquer que seja o tema, torna o educando capaz de pensar sob uma base crítica que o permite construir suas próprias ideias.
O contato com as teorias já elaboradas pelos filósofos possibilita um (re)conhecimento de ideias, atitudes e posicionamentos num mecanismo de interlocução com os aprendizes! A conquista do conhecimento e da produção de conhecimento depende do estudo e do engajamento político e social que os pequenos cidadãos tenham, e isto só é possível através de atitudes autônomas e responsáveis. A transformação da realidade só pode ser alcançada através da atuação mais consciente dos indivíduos.
O estudo da filosofia proporciona uma mudança de paradigma, onde o indivíduo se reconhece capaz de pensar por si mesmo, divagar e construir novas formas de ver o mundo!
Aí vai algumas dicas de curtas para motivar a discussão entre a turma!!! São curtas que estão no site www.curtanaescola.com.br

(Um Lugar Comum é a história de dois amigos bem diferentes que se conhecem e, juntos, plantam uma árvore símbolo de sua amizade. Este é muito interessante para discutir as relações humanas, principalmente quando existem muitas diferenças...)

(Era uma vez no Tibet. Um ocidental se afasta do mundo e busca retiro espiritual com seu mestre num monastério no Tibet.)

(O eixo do homem. Este filme trata da importância que as pessoas dão ao dinheiro. Seria ele o eixo do homem?)

 (O Paradoxo do passarinho revela várias atitudes que podemos ter: medo, ignorância, preguiça, rotina...)



sábado, 23 de abril de 2011

A História das Coisas

Este vídeo nos faz refletir sobre o modo como estamos levando a vida...nossos padrões de consumo exagerados...
Pensemos mais sobre o valor das coisas... E levemos essa reflexão para nossas aulas!


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ludicidade na Educação

         

        No contexto escolar ainda permanece a ideia de que as atividades artísticas, os momentos de brincadeira são perda de tempo, ou ainda, são tratados como tarefas menos importantes. Pela importância que deve ser atribuída ao desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, afetividade, ressalto os princípios estéticos, propostos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, como norteador do trabalho com crianças.
         A ludicidade deve ter amplo espaço de trabalho na Educação, onde o jogo, o faz de conta, a brincadeira com ou sem brinquedos, ganha espaço assumindo o fio condutor no desenvolvimento de potencialidades. Através da ludicidade, o professor pode trabalhar os conteúdos escolares de uma forma mais criativa, onde conceitos, conteúdos e valores são apreendidos através do jogo ou da brincadeira. O desenvolvimento da cognição, da fantasia, das diferentes linguagens e dos valores é facilitado pela possibilidade das brincadeiras facilitarem a compreensão de situações reais. No entanto, as brincadeiras não devem ficar aprisionadas à necessidade de se didatizarem, mas devem ocorrer de acordo com as necessidades dos educandos, mediadas pelo educador.
         Sendo assim, o trabalho sustentado com a ludicidade propicia um desenvolvimento integral da criança, pois favorece aspectos cognitivos, emocionais, físicos e psicológicos, já que é no faz de conta da brincadeira que a criança se depara com situações reais e a partir daí, constrói e amplia suas percepções e aprendizados.

“Apenas pela brincadeira as crianças têm a possibilidade de ampliar o mundo supostamente real.”
(WINNICOTT, D.W. Da pediatria à psicanálise. 3.ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988)

         Da mesma forma, a própria produção cultural das crianças presente tanto nas brincadeiras como nos trabalhos formais constituem mecanismos de inclusão social.

“Se a brincadeira é, por excelência, a atividade própria da criança, é por meio da brincadeira e das atividades lúdicas, entre seus pares, que a criança comprova seu papel de sujeito ativo, participativo e não apenas como consumidores de cultura mas, também, produtores. Como cultura, entende-se 'menos paisagem e mais olhar com que se vê'.”
(MARTÍN-BARBERO, J. Os exercícios do ver. São Paulo: Ed. SENAC, 2001)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Para saber um pouco mais...

Hoje, fala-se muito em inclusão! É "lei"! Mais do que concordar ou discordar, é importante que se tome consciência de seu papel enquanto educador e se posicione com atitudes perante a esta nova situação. A melhor atitude que se pode ter ao receber um aluno portador de necessidades educativas especiais é informar-se, aprender técnicas e mecanismos para ajudá-lo. Envio um vídeo sobre autismo muito esclarecedor!




Para refletir...

Há alguns anos atrás, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, 
nove participantes, todos com deficiência mental ou física,  
alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. 
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada,  
mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.  
Todos, com exceção de um garoto, 
que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. 
Os outros oito ouviram o choro. 
Diminuíram o passo e olharam para trás. 
Então eles viraram e voltaram. Todos eles. 
Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, 
deu um beijo no garoto e disse: 
 - Pronto, agora vai sarar.
E todos os nove competidores deram os braços 
e andaram juntos até a linha de chegada. 
O estádio inteiro levantou e  
os aplausos duraram muitos minutos.  
E as pessoas que estavam ali, naquele dia,  
continuam contando essa história até hoje. 
Talvez os atletas fossem deficientes mentais ...  
mas, com certeza, não eram deficientes de sensibilidade ... 

E lá no fundo, todos nós sabemos,  
o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. 
O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, 
mesmo que isso signifique diminuir o passo 
e mudar de curso.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação (Especial ?)


A presença do preconceito nas relações humanas é lugar comum, muito discutida no âmbito da Educação. Porém, precisamos analisar detidamente a questão e fugir do senso comum.
Este tema envolve muitas questões como pluralidade de etnias, multiculturalismo, inclusão social, entre outros.
Como nos esclarece a Declaração de Salamanca: "todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, inclusive crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos marginalizados."
Pensamos, portanto, qual o papel da escola formal diante deste universo heterogêneo? A escola é foco de discussões acerca de questões que envolvem o respeito às diferenças, porém confrontada por uma sociedade em frequente "processo civilizatório", dentro de um mundo cada vez mais competitivo. A questão é: civilizar é enriquecer ou civilizar é humanizar?
É preciso que se reflita sobre estes dilemas. É preciso levar em conta as necessidades cada vez mais urgentes dos alunos, de se criar um ambiente favorável para se aprender com prazer, considerando a todos, principalmente, os chamados especiais.
Que o ambiente escolar ganhe um relevo mais envolto de sentido que de pragmatismo. Deixo um trecho de Freinet para pensarmos:


"Não podemos, atualmente, pretender conduzir metódica e cientificamente as crianças; ministrando a cada uma delas a educação que lhe convém, iremos nos contentar com preparar e oferecer-lhes ambiente, material e técnica capazes de contribuir para sua formação, de preparar os caminhos que trilharão segundo suas aptidões, seus gostos e necessidades." 
Celestin Freinet, Para uma escola do Povo. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pág. 10



A ESCOLA



"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, 

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."



de Paulo Freire

Pensando e Vivendo a Educação




A Educação deve ser pensada e vivida em sua plenitude de possibilidades, com seus desafios e prazeres!
Vivemos numa sociedade cada vez mais pautada no egoísmo, na exaltação das grandes capacidades, dos podres poderes...
Nos espaços educativos temos o desafio de conviver com as diferenças em construção! Ajudar-nos mutuamente, crescendo com a interação é que produz o aprendizado. 
Este blog foi criado com a finalidade de pensar a educação para assim vivê-la...
Viver a educação para assim pensá-la!!!