" É no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." Immanuel Kant

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação (Especial ?)


A presença do preconceito nas relações humanas é lugar comum, muito discutida no âmbito da Educação. Porém, precisamos analisar detidamente a questão e fugir do senso comum.
Este tema envolve muitas questões como pluralidade de etnias, multiculturalismo, inclusão social, entre outros.
Como nos esclarece a Declaração de Salamanca: "todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, inclusive crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos marginalizados."
Pensamos, portanto, qual o papel da escola formal diante deste universo heterogêneo? A escola é foco de discussões acerca de questões que envolvem o respeito às diferenças, porém confrontada por uma sociedade em frequente "processo civilizatório", dentro de um mundo cada vez mais competitivo. A questão é: civilizar é enriquecer ou civilizar é humanizar?
É preciso que se reflita sobre estes dilemas. É preciso levar em conta as necessidades cada vez mais urgentes dos alunos, de se criar um ambiente favorável para se aprender com prazer, considerando a todos, principalmente, os chamados especiais.
Que o ambiente escolar ganhe um relevo mais envolto de sentido que de pragmatismo. Deixo um trecho de Freinet para pensarmos:


"Não podemos, atualmente, pretender conduzir metódica e cientificamente as crianças; ministrando a cada uma delas a educação que lhe convém, iremos nos contentar com preparar e oferecer-lhes ambiente, material e técnica capazes de contribuir para sua formação, de preparar os caminhos que trilharão segundo suas aptidões, seus gostos e necessidades." 
Celestin Freinet, Para uma escola do Povo. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pág. 10

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