" É no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." Immanuel Kant

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ludicidade na Educação

         

        No contexto escolar ainda permanece a ideia de que as atividades artísticas, os momentos de brincadeira são perda de tempo, ou ainda, são tratados como tarefas menos importantes. Pela importância que deve ser atribuída ao desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, afetividade, ressalto os princípios estéticos, propostos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, como norteador do trabalho com crianças.
         A ludicidade deve ter amplo espaço de trabalho na Educação, onde o jogo, o faz de conta, a brincadeira com ou sem brinquedos, ganha espaço assumindo o fio condutor no desenvolvimento de potencialidades. Através da ludicidade, o professor pode trabalhar os conteúdos escolares de uma forma mais criativa, onde conceitos, conteúdos e valores são apreendidos através do jogo ou da brincadeira. O desenvolvimento da cognição, da fantasia, das diferentes linguagens e dos valores é facilitado pela possibilidade das brincadeiras facilitarem a compreensão de situações reais. No entanto, as brincadeiras não devem ficar aprisionadas à necessidade de se didatizarem, mas devem ocorrer de acordo com as necessidades dos educandos, mediadas pelo educador.
         Sendo assim, o trabalho sustentado com a ludicidade propicia um desenvolvimento integral da criança, pois favorece aspectos cognitivos, emocionais, físicos e psicológicos, já que é no faz de conta da brincadeira que a criança se depara com situações reais e a partir daí, constrói e amplia suas percepções e aprendizados.

“Apenas pela brincadeira as crianças têm a possibilidade de ampliar o mundo supostamente real.”
(WINNICOTT, D.W. Da pediatria à psicanálise. 3.ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988)

         Da mesma forma, a própria produção cultural das crianças presente tanto nas brincadeiras como nos trabalhos formais constituem mecanismos de inclusão social.

“Se a brincadeira é, por excelência, a atividade própria da criança, é por meio da brincadeira e das atividades lúdicas, entre seus pares, que a criança comprova seu papel de sujeito ativo, participativo e não apenas como consumidores de cultura mas, também, produtores. Como cultura, entende-se 'menos paisagem e mais olhar com que se vê'.”
(MARTÍN-BARBERO, J. Os exercícios do ver. São Paulo: Ed. SENAC, 2001)

2 comentários:

  1. Amei o seu blog. Claro que me tornei sua seguidora né ..........rsrsrsrsrs, pois seu trabalho é lindo!!! $uce$$o sempre!!!!

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  2. Valeu Vivi!!! Teu carinho é fundamental pro meu crescimento!

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